quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Agenda - Cursos 2017

                                 

O Momentum Presente

                             
                                                                                                     
            Você está passando férias pela primeira vez em um local muito aprazível. Resolve subir um morro ou colina até o topo para desfrutar de uma beleza rara. Ao chegar em  cima, se depara com uma paisagem maravilhosa. Por uns instantes, que duram décimos de segundo, você fica pasmo, em êxtase diante daquela beleza, do novo. Ali não há pensamento, não há ideias na mente, só o presente, só o agora. Não há identificação com a memória do passado. Ali você é a paisagem e a paisagem é você. Instantes depois você pensa que essa vista é a mais linda da sua vida, tem isso e aquilo de especial, nunca viu igual. Acabou o êxtase, acabou o maravilhar-se, pois houve a comparação, você formulou ideias na mente através da memória, de instantes do passado. Você voltou à condição normal da vida cotidiana, com os pensamentos que não param. Quase sempre, pensamentos ou do passado, ou projetados para o futuro; nunca do presente.   

           Nossos conflitos, sofrimentos e contradições são derivados de uma interpretação das coisas através de nossos pensamentos. Você caminha por uma calçada de uma rua qualquer pensando em mil coisas. Se avistar uma árvore e parar seus pensamentos por um instante somente, olhando com total atenção, terá uma surpresa, pois essa mesma árvore se tornará algo muito maior, com mais movimento com mais beleza. Pode ouvir o cantar de pássaros e até vê-los. Pode avistar um ninho, formação de galhos bem diferentes, cores das folhas que não costuma ver. Quem sabe, até um sagui ou uma lindíssima borboleta. Se estiver envolvido em um mar de ideias formuladas pela mente a todo o instante, você passa e nem toma conhecimento que ali à sua direita está à árvore.


           A vida existe a cada momento e não desfrutamos dela. Não sabemos mais como vê-la. Quem vê é o pensamento. E onde ele está a cada momento? Está no celular, no computador, no anúncio, na projeção do que farei amanhã ou no próximo feriado. Crio ansiedade, crio conflitos antes deles existirem. Se nessas projeções de pensamento não acontecer o fato que gostaríamos; experimentamos sofrimento, tensão e tristeza. Dados científicos nos informam que durante uma aula só captamos dois por cento de toda a informação, tendo em vista que não damos a devida atenção pelo matraquear dos nossos pensamentos, sempre no passado e projetados para o futuro. Onde está o presente na nossa vida?
             Achamos que nossas ações a todo o instante se localizam no presente. Na realidade só é presente quando o observador observa o observado com total atenção. Naquele momento não existe mais nada, só a coisa observada e o observador. Isto é presente, é um momentum de vida. Não há interpretação, identificação com nada, é o viver pleno. Nesse agora, não há sofrimento, não há angústia nem dor, nem contradição. Como transformar isso em realidade, no cotidiano de nossas vidas? Ao varrer um chão, varremos, mas pensamos em tudo o que é possível pensar, menos na varredura, não é mesmo?  Podemos agora começar a varrer pensando na vassoura, nos cantos sujos, na forma de varrer melhor, mantendo o pensamento na tarefa de varrer, com plena atenção, pelo menos por alguns instantes. Estamos colocando o ato de varrer no presente. Podemos fazer da mesma forma para lavar a louça, trabalhar com uma máquina na indústria, realizar um projeto de engenharia, ler um bom livro, ou fazer compras no mercado. Vamos aliviando nossa mente de milhares de pensamentos a cada instante, para pensarmos somente no que temos de fazer. Que alívio! Que sentimento de liberdade, de esvaziamento. Estamos trabalhando, realizando propósitos, fazendo tudo que temos que fazer no presente, enfim vivendo a plenitude da vida.
            O passado desde nosso nascimento até o momento presente é a nossa história. Já aconteceu. Não modifica mais nada na nossa vida presente. Mas passamos a maior parte de nossas vidas pensando no que aconteceu, no que poderíamos ter feito, na oportunidade que perdemos, naquela pessoa especial que nos deixou etc. Todo esse passado está em nossa memória, mas é só um arquivo, e pensamos nele cerca de 60% do tempo. Esse passado não consegue mais transformar nossa mente para melhor. Quanto ao futuro, bem o futuro não existe, pois é o desconhecido, portanto não temos memória e, por conseguinte não podemos pensar nele. Quando falamos em relação ao futuro, na realidade, projetamos o que já é conhecido para um tempo que ainda virá. A mecânica quântica considera nossa existência como uma probabilidade, o que reforça a ideia de que o futuro é apenas uma forma de interpretar o tempo.
             Aqui residem hipóteses muito antigas de que o nosso modo de viver é uma ilusão, tendo em vista que nossos problemas e sofrimentos são criados e dificultados pelos nossos pensamentos, pela ansiedade na mente e todo tipo de infortúnios projetados para nossa vida. É ilusão porque não vivemos com nossa essência, nosso eu verdadeiro, nossa presença a cada momento presente. Vivemos com nossos condicionamentos de um mundo externo.



           
        Como disse Albert Einstein, “Nenhum problema pode resolvido pelo mesmo grau de consciência que o gerou”. Daremos soluções aos nossos conflitos se a cada ato realizado colocarmos consciência no que estivermos fazendo.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Radiestesia X Parapsicologia - Semelhanças e Diferenças




A partir da década de 30, no século passado, Josef B. Rhine, pioneiro da pesquisa experimental sobre parapsicologia e outros pesquisadores, incluíram a Radiestesia como tema da Parapsicologia. Esta reunia todos os fenômenos desconhecidos pela ciência como também todas as pesquisas feitas de fenômenos apresentados pelos seres humanos tais quais: mediunidade, telepatia, clarividência entre muitos outros. Então a Parapsicologia é a ciência que reúne todo o estudo dos fenômenos paranormais, para psíquicos, mediúnicos e de sensitivos. 
            
Nos cursos de parapsicologia ensinam-se técnicas facilitadoras para uma abertura dos fenômenos parapsíquicos sem a promessa ou o compromisso da formação de médiuns ou sensitivos, pela impossibilidade em se afirmar que todos se tornarão paranormais. Geralmente essas pessoas trazem desde a infância, aberturas propícias à paranormalidade, muitas vezes, desde outras vidas, demonstrando comportamentos fora do normal, isto é, não aceito pelas famílias. Geralmente, estas, demonstram grande ceticismo em relação às expressões e vivências das crianças. Na adolescência esses fenômenos tendem a aumentar. Quando esses processos não vêm desde a infância, muitos adultos através de técnicas constantes e de uma vontade férrea, trabalhando em locais específicos para médiuns, conseguem desenvolver alguns fenômenos paranormais. O parapsiquismo se dá através da descoincidência dos corpos sutis, que na vigília física ordinária se mantêm alinhados em um eixo no corpo físicoO menor afastamento do corpo emocional (astral) do alinhamento faz com que o paranormal passe a se manifestar não mais com seus cinco sentidos físicos, mas com a captação dos estímulos do corpo emocional e mental.
            
O sensitivo no momento do fenômeno, geralmente está em estado alterado de consciência. Os chacras têm uma função de grande importância para essa abertura. O chacra supracardíaco ou umeral, também conhecido como o chacra dos médiuns, localizado no lado esquerdo das costas na altura da escápula é uma das chaves para a abertura parapsíquica. Outro chacra de grande importância é o chacra frontal, no meio das sobrancelhas. Sua abertura de forma constante e equilibrada vai dando à pessoa um desabrochar dos sentidos inclusive indo além das percepções consideradas normais ao ser humano.


Na radiestesia o fenômeno acontece de forma diferente. O aluno ou aprendiz, se identificando com esse trabalho e praticando bastante, aos poucos começa a ter suas experiências através de instrumentos radiestésicos e vai descobrindo que sempre que faz uma pergunta mental, qualquer que seja, recebe uma resposta através do pêndulo ou outro aparelho radiestésico. O aparelho captador é o seu subconsciente. Ele capta o que queremos descobrir e envia para o cérebro ainda num processo inconsciente. O cérebro então modula um sinal, envia-o através das miofibrilas dos músculos dos braços e mãos, movimento esse imperceptível ao olho humano, fazendo com que o pêndulo faça um movimento de sim ou não. É uma ação natural a todos os seres humanos. Nem todos podem se tornar parapsíquicos, mas todos podem tornar-se radiestesistas, tendo em vista que ao ter o conhecimento correto, praticar bastante e adquirir muita convicção do que está fazendo, qualquer pessoa pode torna-se um excelente radiestesista.

O antigo rabdomante (antes da criação do termo radiestesia), ou vedor (no Brasil), procurava água no subsolo, com grande facilidade, usando uma forquilha, trabalho esse que era passado de pai para filho. Muitas vezes não tinha o conhecimento de um radiestesista. Sua percentagem de acerto para descoberta de água pode ser precisada de 80 a 95%.
           
Evidentemente um parapsíquico ou médium que alia seu trabalho com a radiestesia, tem nessa ciência um auxílio incalculável, e o mesmo, para um radiestesista que com o tempo de trabalho adquire muita intuição e se torna um sensitivo, eleva suas tarefas com resultados com muita eficácia.
          
Assim como o paranormal, que dentre todos os fenômenos, possui abertura para somente alguns, e passa a se dedicar e a trabalhar com os processos parapsíquicos que mais se identifica; também o radiestesista em geral, não abrange no seu trabalho todas as áreas possíveis da radiestesia, tendo em vista a necessidade de alguns conhecimentos técnicos, diversidade de instrumentos e atuação prática em cada especialidade. Radiestesia e Parapsicologia são ciências diferentes, mas que levam o ser humano a descobrir a essência da vida, do universo, do ser interior de cada um.


          
As duas ciências funcionam de forma diferente, são distintas, mas podem ser integradas, somando forças para um trabalho que dignifica em muito o ser humano.  

Walter Alexandre
Artigo publicado no Jornal Prana - Fevereiro/2015